Um trote violento foi apontado como a motivação para a agressão de um soldado de 19 anos dentro do 13º Regimento de Cavalaria Mecanizado, em Pirassununga, interior de São Paulo. O caso ocorreu na quinta-feira (16) e envolveu quatro soldados e um cabo.
Mensagens trocadas entre um dos agressores e a vítima mostram que o agressor minimizou a violência, alegando que a vítima teria aceitado a “brincadeira”. No entanto, segundo a defesa do soldado, as agressões seriam um rito de passagem para seu engajamento como militar do quadro efetivo.
De acordo com o relato da vítima, ele foi obrigado a limpar um depósito e uma câmara fria antes de ser atacado. Os militares exigiram que ele baixasse as calças e, ao recusar, o forçaram a retirar a peça e utilizaram um cabo de vassoura para agredi-lo. Posteriormente, o jovem foi espancado com objetos como colher industrial, ripa de madeira e outro cabo de vassoura, que chegou a quebrar durante as agressões. A maior parte dos golpes atingiu suas nádegas e pernas.
A vítima recebeu atendimento médico e, ao retornar para casa, tentou tirar a própria vida. Familiares acionaram a Polícia Militar, que o resgatou e encaminhou ao hospital. O jovem foi medicado e está sob acompanhamento.
Em nota, o Comando Militar do Sudeste informou que um Inquérito Policial Militar foi instaurado para apurar o caso e que os envolvidos serão punidos e expulsos das fileiras do Exército.
“O Exército Brasileiro não compactua com qualquer conduta ilícita envolvendo seus integrantes”, declarou o comando.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o soldado também realizou exame de corpo de delito, necessário para a investigação. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Pirassununga como lesão corporal. As investigações seguem em andamento.