TVN INFORMA:
Soco-inglês, roupa preta, lista de presença e escolta armada: ‘justiceiros’ criam grupos para ‘caçar’ ladrões em Copacabana.
A rotina de violência em Copacabana nas últimas semanas motivou o reaparecimento de grupos “justiceiros” no bairro – como já visto em 2015.
Por grupos de WhatsApp, eles se dividem em grupos para “caçar”.
“Eu vou partir assim [com soco-inglês], quebrar osso da cara. Deixar eles [SIC] pior do que eles deixaram o coroa”, disse um integrante do grupo União dos Crias.
O homem fala sobre como iria vingar o ataque sofrido pelo empresário Marcelo Rubim Benchimol, que levou chutes e socos até desmaiar, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, ao tentar defender a personal trainer Natália Silva.
Em nota, a Polícia Civil informou que tomou conhecimento da situação e disse que diligências estão em andamento para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos. Fazer “justiça com as próprias mãos” é crime previsto no Código Penal Brasileiro.
Um professor de jiu-jítsu postou uma convocação em sua página – com 109 mil seguidores. Fernando Pinduka diz que está indignado com “agressões e covardias comandadas por vagabundos, assaltantes e desordeiros” e conta aos “amigos da luta” sua “intenção de organizar uma possível força-tarefa para neutralizar esses meliantes em defesa da tranquilidade do bairro”.
“Seria fantástico um engajamento das academias e de lutadores da localidade participando dessa ideia, abraçando o projeto de limpeza em Copacabana”.
Segundo os dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ), com informações sobre os registros na 12ª Delegacia de Polícia Civil, entre janeiro e outubro de 2022 e 2023, Copacabana teve um aumento significativo nos indicadores sobre roubo e furto.