Uma comitiva formada por senadores aliados de Jair Bolsonaro foi ao Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, para avaliar as condições do local que pode receber o ex-presidente, condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado. O grupo — composto por Damares Alves, Márcio Bittar, Eduardo Girão e Izalci Lucas — afirmou que a visita teve como foco principal analisar a estrutura de atendimento médico e a logística de deslocamento para hospitais.
Durante a inspeção, os parlamentares percorreram áreas gerais do complexo e acompanharam parte da rotina de atendimento aos internos. Em vídeo, Damares Alves destacou que a principal preocupação do grupo diz respeito à saúde de Bolsonaro. Ela explicou que buscou detalhes sobre o tempo necessário para chegar ao hospital mais próximo e sobre a capacidade das equipes de saúde em situações de emergência. Segundo a senadora, avaliar o fluxo médico é essencial diante das condições clínicas do ex-presidente.
A comitiva visitou também a ala destinada a detentos idosos. Damares relatou ter encontrado internos em estado de fragilidade, tanto de saúde quanto em relação à alimentação. Ela informou que será elaborado um relatório detalhado com todas as observações feitas durante a visita e reforçou que o objetivo do grupo foi humanitário, voltado à garantia de direitos básicos de pessoas sob custódia do Estado.
Izalci Lucas afirmou que a Papuda não seria o local adequado para abrigar Bolsonaro, citando como exemplo o general Walter Braga Netto, custodiado em um quartel, e o período em que Lula ficou preso em uma unidade da Polícia Federal. Para o senador, as condições de saúde do ex-presidente justificariam a adoção da prisão domiciliar.
Apesar da visita, os parlamentares aguardam autorização do ministro Alexandre de Moraes para acessar as celas que poderiam receber Bolsonaro, já que apenas as áreas comuns foram liberadas.


