Mesmo afastado do cargo, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), segue sob investigação da Polícia Federal, que apura um suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo aliados e familiares.
Segundo documentos obtidos pelo g1 e TV TEM, a PF identificou mais de 3 mil depósitos, somando R$ 11 milhões em transações suspeitas. Entre os investigados estão o cunhado do prefeito, Josivaldo Batista de Souza, que recebeu 2.221 depósitos em espécie, e o amigo Marco Mott, que movimentou R$ 6,5 milhões.
A PF afirma que o dinheiro circulava por meio da Igreja Cruzada dos Milagres dos Filhos de Deus, que teria feito pagamentos falsos de R$ 780 mil à empresa 2M Comunicação, pertencente à primeira-dama Sirlange Rodrigues Frate.
Depósitos em dinheiro vivo eram feitos e, logo em seguida, transferidos para a igreja e para a 2M, criando uma cadeia que mascarava a origem ilícita dos valores.
Os agentes também encontraram uma contabilidade paralela com registros de propinas e despesas pessoais do núcleo familiar de Manga — incluindo mensalidades, condomínio e até o custeio de cavalos.
A defesa do prefeito alega que a investigação é nula e conduzida por autoridade incompetente. Já os advogados dos demais envolvidos negam irregularidades.
Mesmo com um pedido de habeas corpus apresentado ao TRF-3, a Justiça manteve o afastamento de Rodrigo Manga até abril de 2026.
Enquanto isso, o político tem publicado vídeos descontraídos nas redes sociais, sem responder às denúncias da PF.


