Um episódio de forte comoção marcou a noite de quarta-feira (3) no Hospital Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. Revoltado com a morte da filha recém-nascida durante um parto induzido, o pai da bebê, Victor Petrick, destruiu parte da recepção da unidade em protesto. Portas de vidro, equipamentos e móveis foram quebrados. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele denuncia: “Mataram minha filha aqui. Não vai ter atendimento hoje para ninguém”.
Segundo a família, a gestante Isabelle Raissa Silva estava saudável antes da internação. A avó da bebê, Cristina da Silva, relata que a gravidez era tranquila e que a bebê, chamada Lara, apresentava movimentos normais até o momento da indução. Isabelle recebeu duas doses de misoprostol por via vaginal e uma por via oral. Em seguida, a bolsa rompeu e, de acordo com Cristina, foi identificado mecônio e ausência de batimentos cardíacos.
A gestante foi transferida ao Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip), no Recife, onde o parto foi concluído. A bebê, no entanto, nasceu sem vida.
A família acusa o hospital de negligência médica. “Eu não tenho dúvidas de que foi negligência”, afirmou a avó.
Durante o protesto, funcionários da unidade se feriram com estilhaços. A Polícia Militar foi acionada, mas Victor já havia deixado o local.
Em nota, o Hospital Guararapes lamentou a perda e informou que a depredação será investigada. A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes afirmou estar prestando apoio à família, dentro dos protocolos de escuta humanizada.