Um professor de 24 anos, que é deficiente visual, foi agredido por dois alunos na tarde da última terça-feira (20), em Planaltina, no Distrito Federal, após proibir o uso de celular em sala de aula. O caso ocorreu nas proximidades do Centro Educacional Vale do Amanhecer, onde ele leciona. A Polícia Civil do DF investiga o ocorrido.
De acordo com o relato do docente às autoridades, ao perceber que um estudante usava o celular em sala, ele solicitou que o aparelho fosse entregue. Diante da recusa, a gestão escolar foi acionada e recolheu o dispositivo, devolvendo-o ao aluno somente ao final da aula. Ao sair da escola, o professor foi seguido até uma parada de ônibus e agredido por dois estudantes de 17 anos. A polícia não confirmou se o aluno que teve o celular confiscado estava entre os agressores.
Na quarta-feira (21), um dia após a agressão, representantes da Coordenação Regional de Ensino, do Sindicato dos Professores (Sinpro) e profissionais de saúde, incluindo psicólogos, estiveram na escola para prestar apoio ao professor e aos demais docentes. Em nota, a Secretaria de Educação do DF afirmou que está tomando medidas para garantir suporte à comunidade escolar.
A agressão ocorre no contexto da recente Lei n.º 15.100/2025, de autoria do deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que proíbe o uso de celulares em todas as etapas da educação básica, incluindo salas de aula, recreios e intervalos, em escolas públicas e privadas. A norma permite exceções apenas em situações emergenciais.
A Polícia Civil segue investigando o caso e informou que se manifestará após a conclusão do inquérito.