O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou na sexta-feira (29.ago.2025) que, caso fosse eleito presidente, seu primeiro ato seria conceder indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente cumpre prisão domiciliar e pode ser condenado a até 43 anos por tentativa de golpe.
“Na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”, declarou em entrevista ao Diário do Grande ABC. A fala ocorre poucos dias antes do início do julgamento de Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal), marcado para a próxima terça-feira (2.set).
Apesar da declaração, Tarcísio negou intenção de disputar a Presidência em 2026. Segundo ele, “todo governador de São Paulo é presidenciável pelo tamanho do Estado, mas na história recente só Jânio Quadros e Washington Luís chegaram ao Planalto”.
Em julho, o governador já havia defendido que qualquer candidato de centro-direita deveria conceder perdão a Bolsonaro, caso ele fosse condenado. Outros governadores, como Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, também já manifestaram posição semelhante.
Na entrevista, Tarcísio voltou a criticar o Judiciário e disse não acreditar nos elementos que embasam o processo contra Bolsonaro. Também defendeu a possibilidade de anistia para os condenados pela tentativa de golpe, medida que, segundo ele, já foi adotada em outros momentos da história do país.
“Entendo que os presidentes da Câmara têm que submeter isso à vontade do plenário, e não pode ter interferência de outro Poder”, afirmou.