Em meio a tensões globais e cenários geopolíticos cada vez mais instáveis, um empresário de Joinville, no Norte de Santa Catarina, decidiu investir em uma preparação que, para muitos, parece saída de um filme de ficção científica: um bunker subterrâneo, projetado para resistir a ataques nucleares e outros eventos extremos.
Aos 28 anos, André Luiz constrói há dois anos e meio um abrigo com dois andares e 30 m², no meio de uma área de mata densa, dentro da própria propriedade. O projeto, batizado informalmente de “plano de sobrevivência”, é registrado em vídeos publicados nas redes sociais, onde André mostra cada etapa da obra — da fundação ao reforço da estrutura com concreto e ferro.
O empresário conta com o apoio do pai e da namorada, que participam ativamente da construção. Além do bunker principal, ele trabalha na criação de uma segunda estrutura submersa, próxima a uma cabana, pensada para situações de “invasões menores”, como descreve. Em casos mais graves, como guerras, a ideia é se refugiar no abrigo principal, mais afastado e camuflado.
“A única coisa que fica visível é a porta de entrada e o tubo de ventilação. Depois que a vegetação crescer por cima, vai ficar indetectável até para drones com visão térmica”, explicou André em uma das publicações.
Segundo ele, a preocupação com a segurança futura é real — e vem acompanhada de críticas e apoio nas redes sociais.
“Algumas pessoas apoiam a gente, outras acham loucura. Eu não ligo para os comentários negativos. O Brasil é um país doutrinado desde a escola a não saber pensar por si mesmo”, desabafou em um vídeo de 2023.
Apesar das reações divididas, André segue firme com o objetivo de tornar o abrigo totalmente funcional, com recursos de sobrevivência, estoques de alimentos, filtros de água e sistemas de ventilação protegidos. Para ele, estar preparado é mais importante do que esperar que nada aconteça.