Um professor de 53 anos foi brutalmente agredido dentro do Centro Educacional 4 do Guará, no Distrito Federal, depois de pedir que uma aluna parasse de usar o celular durante a aula. O caso, ocorrido na última quinta-feira (17), gerou forte comoção e reacendeu o debate sobre a violência contra educadores nas escolas públicas.
Segundo relatos, a estudante teria se irritado com a advertência e enviado uma mensagem ao pai, afirmando que o professor havia sido grosseiro. Minutos depois, o homem invadiu a escola, foi até a sala da coordenação e partiu para a agressão física, sem ouvir qualquer explicação.
Câmeras de segurança registraram o momento em que o agressor desferiu vários socos contra o educador, que tentou se defender, mas acabou com escoriações e teve os óculos quebrados. O ataque provocou pânico entre alunos e funcionários, que correram para tentar conter a situação.
Durante a confusão, a própria filha do agressor interveio e aplicou um “mata-leão” no pai, tentando detê-lo. A atitude da estudante repercutiu nas redes sociais e expôs o impacto emocional que cenas de violência escolar causam nos jovens. Outras três alunas presenciaram o episódio e ficaram em estado de choque.
O professor recebeu atendimento médico e relatou estar emocionalmente abalado, afirmando que pretende se afastar das aulas. Já o agressor foi detido e levado à 1ª Delegacia da Asa Sul, onde vai responder por lesão corporal, injúria e desacato. Em depoimento, ele alegou ter agido “por impulso”.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que o caso será apurado pela Corregedoria e anunciou o reforço da segurança nas escolas, com a presença de policiais nos horários de entrada e saída.
Especialistas em educação destacam que o caso evidencia a urgência de políticas de prevenção à violência escolar, com capacitação de servidores, protocolos de segurança e ações que fortaleçam o diálogo entre escola e família. Para eles, é essencial valorizar o professor e garantir um ambiente de aprendizado baseado no respeito e na cultura de paz.