A Seleção Brasileira deve romper com uma de suas tradições mais emblemáticas na Copa do Mundo de 2026. De acordo com o portal especializado Footy Headlines, conhecido por antecipar lançamentos de uniformes esportivos, a nova camisa reserva da Seleção será vermelha, uma cor jamais utilizada de forma oficial nos uniformes do time principal em competições. A informação foi divulgada na segunda-feira, 28 de abril, e causou surpresa entre torcedores e especialistas.
A mudança marca uma decisão ousada da Nike, fornecedora de material esportivo da CBF desde 1996, e que costuma lançar os uniformes oficiais da equipe. Segundo o site, ainda não foi divulgado o tom exato do vermelho, mas ele deve ser “moderno e vibrante”, sugerindo uma abordagem visualmente impactante. O lançamento da nova camisa está previsto para março de 2026, poucos meses antes do início da Copa.
Outro destaque é a substituição do tradicional “swoosh” da Nike pelo logotipo da Jordan Brand, divisão da Nike associada ao ícone do basquete Michael Jordan. A marca Jordan, apesar de ter raízes no basquete, já colaborou com clubes de futebol, como o Paris Saint-Germain, e vem ganhando espaço em outras modalidades. Essa será a primeira vez que ela estampa uma camisa da Seleção Brasileira, sinalizando uma possível estratégia de marketing global conjunta entre a CBF e as marcas envolvidas.
O vermelho, apesar de inédito como cor principal em um uniforme oficial da Seleção principal, já foi utilizado em peças promocionais e de treinamento. No entanto, nunca havia figurado em um modelo destinado a jogos oficiais. Tradicionalmente, a Seleção Brasileira utiliza a camisa azul como uniforme alternativo — um costume consolidado desde a final da Copa de 1958, quando o Brasil derrotou a Suécia vestindo azul. Exceções pontuais já ocorreram, como em 2019, quando o time usou uma camisa branca em alusão ao centenário da conquista do Campeonato Sul-Americano (atual Copa América), e mais recentemente, a cor preta foi utilizada em uma campanha contra o racismo, mas sem uso em partidas oficiais.
A decisão de utilizar o vermelho pode ser interpretada como um movimento simbólico ou comercial. Algumas especulações indicam que pode haver uma homenagem a alguma causa específica ou mesmo a povos originários, mas até o momento, a CBF e a Nike não se pronunciaram oficialmente sobre o motivo da escolha.
A mudança também reacende o debate sobre a relação entre identidade nacional e os uniformes da Seleção. As camisas verde e amarela são consideradas símbolos do Brasil no exterior e têm forte valor emocional e cultural. A introdução de uma cor que não figura na bandeira nacional — e que é comumente associada a rivais como o Chile e a Espanha — pode dividir opiniões entre torcedores mais tradicionais e os mais abertos à inovação.
Além da identidade visual, o uniforme vermelho deve fazer parte de uma nova coleção que inclui vestuário de treino, agasalhos e acessórios. A expectativa é que o modelo oficial seja revelado em eventos de lançamento de alto impacto, aproveitando a projeção internacional do time brasileiro e a popularidade da Jordan Brand.
Com a aproximação da Copa do Mundo de 2026, que será sediada nos Estados Unidos, Canadá e México, o Brasil já começa a construir sua imagem para o torneio, não apenas com a renovação do elenco e da comissão técnica, mas também com escolhas estéticas que refletem uma tentativa de se reposicionar globalmente.
Resta agora acompanhar a reação da torcida e aguardar os detalhes oficiais do novo uniforme que promete entrar para a história — para o bem ou para a polêmica.