O funcionário público aposentado, Raimundo Soares Sobrinho, que encontrou quase R$ 60 mil enterrados no quintal da casa recém-comprada, em Palmas (TO), disse que não poderia guardar o dinheiro, já que o valor não lhe pertencia. O dinheiro estava em um pote de sorvete, em um saco preto, no jardim da casa que ele comprou a menos há seis meses. Quem mora no local é a filha do aposentado.
“É porque o dinheiro não é meu […] Não importa a quantia, só que não me pertence. Eu não poderia guardar o que não era meu. É o correto e o que veio na minha cabeça, pedi a orientação de Deus, foi ligar para a polícia, para investigar o caso, se achar que deve”, disse ele à TV Anhanguera.
O dinheiro foi encontrado na manhã desse sábado (17/2). Segundo o advogado Dhiogennes André Pereira Araújo, o aposentado visitava a filha quando resolveu limpar o quintal. Durante a faxina ele encontrou o pote de sorvete enterrado com maços de notas de R$ 100 e R$ 50.
A casa foi comprada no fim de agosto de 2023 depois que o aposentado viu um anúncio na internet. O imóvel pertencia a Inêz Piva de Santana, mãe do ex-secretário de Estado de Saúde Afonso Piva, que perdeu o cargo no mesmo mês depois de ser investigado pela Polícia Federal.
Segundo Raimundo Soares, ele só teve contato com a antiga proprietária no dia de assinar a transferência do imóvel. Meses depois, a filha dele se mudou para a casa e vive no local desde então.
Ao encontrar o dinheiro ele não pensou duas vezes. “Ele [aposentado] foi ajudá-la [a filha] com a limpeza do jardim, do canteiro que tinha na frente, até que se deparou com a ponta de um saco preto saindo da terra, um pouco soterrado e ao puxar, percebeu que tinha um pote de sorvete ao abrir o pote, deparou com uma continha vultosa de dinheiro”, contou o advogado ao Metrópoles.
Depois de encontrar o dinheiro, o aposentado resolveu chamar as autoridades e entregar o pote de sorvete. “Uma quantia tão alta assim enterrada levanta suspeitas sobre a origem, razão pela qual ele tão logo resolveu acionar as autoridades policiais para investigar”, afirma Dhiogennes Araújo.