Bárbara, presa em flagrante após matar Michele Alves, de 33 anos, durante um assalto no Largo da Ordem, região do Centro Histórico de Curitiba (PR), prestou depoimento à Polícia Civil. O crime aconteceu na manhã da última sexta-feira (1º), após a vítima sair de uma balada. Ela relatou que foi abordada por quatro pessoas — Michele e três homens — que teriam roubado sua bolsa.
Segundo a Polícia Militar, a mulher que sofreu o roubo correu atrás de uma das suspeitas e aplicou um golpe conhecido como “mata-leão”, levando a assaltante à morte. Os outros envolvidos fugiram do local com os pertences da vítima e ainda não foram localizados.
Durante o depoimento, Bárbara afirmou que não teve a intenção de matar Michele e que o confronto teve início ainda dentro da balada. “Eu saí do trabalho, estava tomando um chopp. Sempre vou naquela balada, porque me sinto bem lá. Dentro da balada eu tive um conflito com uma pessoa que acredito que seja por causa disso”, relatou. Ela afirmou ter sido abordada por três homens após sair do local. “Eles me conflitaram e eu não aceitei isso. Aí chamaram essa mulher e pediram: ‘bate nela’. Aí nós brigamos”.
Ainda segundo a versão de Bárbara, Michele teria partido novamente para cima dela. “Ela veio para cima de mim de novo. E então brigamos novamente. Com isso, ela foi para cima das minhas coisas e eu virei um bicho”, disse.
A mulher entra em contradição em diferentes momentos do depoimento. Ela reconhece que percebeu que Michele estava perdendo a consciência durante a luta, e afirma ter ciência de que a mulher poderia morrer. “Estava me defendendo. Eu não tinha arma, faca e nada. Eu asfixiei ela com a mão… Eu tive a ideia de colocar a perna no pescoço dela e amassei. Foi ali que ela morreu”, declarou.
Mesmo após a morte da assaltante, Bárbara permaneceu no local até a chegada da polícia. Ela foi presa em flagrante e encaminhada à delegacia. No entanto, após prestar depoimento, passou a responder em liberdade, com monitoramento por tornozeleira eletrônica. A versão apresentada por ela será analisada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), que deve decidir se ela responderá por legítima defesa ou homicídio doloso.
Michele Alves, morta no confronto, era conhecida pela polícia e apontada como envolvida com o tráfico de drogas na região. Os comparsas que participaram do assalto ainda são procurados.
O caso segue sob investigação.