O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu uma investigação para apurar uma suspeita de rachadinha no gabinete do vereador Adrilles Jorge (União Brasil), na Câmara Municipal de São Paulo. A denúncia, revelada pelo portal R7, aponta que assessores eram pressionados a devolver parte dos salários para manter seus cargos comissionados.
De acordo com os relatos, os servidores teriam sido orientados a entregar R$ 1.500 mensais a integrantes do gabinete. Um ex-assessor, que trabalhou por sete meses e pediu anonimato, afirmou ter recebido a proposta diretamente do chefe de gabinete, Célio Rodrigues.
“Quando ele me ofereceu o cargo, disse que eu teria que fazer um pagamento de R$ 1.500 por mês. Eu recusei, e ele recuou”, contou o ex-servidor ao R7.
Apesar de não ter aceitado a condição, o denunciante relatou que outros colegas concordaram em repassar parte do salário para permanecer nos cargos. O MP-SP agora busca provas documentais e testemunhais para confirmar o esquema, que, se comprovado, pode configurar peculato e improbidade administrativa.
Adrilles Jorge, que ganhou notoriedade por sua atuação em debates públicos e presença na mídia, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A investigação está em andamento e deve definir se o vereador e sua equipe serão formalmente responsabilizados pelas suspeitas.