O estilista Giorgio Armani faleceu nesta quinta-feira (4), aos 91 anos, conforme comunicado oficial do Grupo Armani. “É com profunda tristeza que o Grupo Armani informa o falecimento de seu criador, fundador e força motriz incansável: Giorgio Armani”, declarou a nota. A perda marca o fim de uma era para a moda internacional, já que o designer transformou o conceito de elegância no vestuário moderno.
Natural de Piacenza, no norte da Itália, Armani iniciou sua trajetória após trabalhar em lojas de departamento, onde desenvolveu conhecimento em tecidos e alfaiataria. Em 1975, fundou a marca que leva seu nome, conquistando projeção global ao propor roupas que combinavam sofisticação e conforto, rompendo com os padrões engessados da época.
Com estilo minimalista e refinado, ele se tornou referência mundial, vestindo celebridades, executivos e líderes políticos. Um de seus marcos foi o figurino do filme Gigolô Americano (1980), estrelado por Richard Gere, que ajudou a consolidar a imagem do estilista como sinônimo de luxo discreto.
À frente de um império que movimentava cerca de 2,3 bilhões de euros anuais, Armani era conhecido como “Re Giorgio” — o Rei Giorgio. Sempre atento aos detalhes, participava de cada etapa do processo criativo, das campanhas publicitárias às últimas provas de roupas antes dos desfiles, tornando sua marca uma das mais respeitadas do mercado de luxo.
Nos últimos meses, a saúde do estilista vinha apresentando fragilidade. Em junho, pela primeira vez, ele não compareceu ao desfile de sua própria grife na Semana de Moda Masculina de Milão, o que levantou preocupações entre especialistas e admiradores.
A empresa informou que uma câmara ardente será aberta ao público em Milão nos dias 6 e 7 de setembro. O funeral acontecerá em cerimônia privada, em data ainda não revelada. A despedida deve reunir nomes de destaque da moda, da política e fãs que reconhecem em Giorgio Armani um dos grandes símbolos da cultura italiana.