Um incêndio iniciado por um cigarro eletrônico deixado carregando provocou a morte de Chamiah Brindley, de 6 anos, em Leicester, no Reino Unido. O caso, ocorrido em setembro de 2024, voltou a ser destaque nesta segunda-feira (6) durante uma audiência que busca esclarecer todos os detalhes do acidente.
Chamiah, chamada carinhosamente de “Miah” pela família, dormia no sótão da residência ao lado da irmã mais velha quando, por volta das 4h da manhã, o fogo teve início. Segundo o Corpo de Bombeiros, a bateria de íon-lítio do vape, conectada à tomada ao lado da cama, apresentou falha e provocou o incêndio.
A mãe da menina, Tracey Moore, relatou que acordou com os gritos das filhas e conseguiu retirar os outros dez filhos e dois adultos da casa. Ao perceber que Miah ainda estava no quarto, tentou voltar com a ajuda do parceiro e de um dos filhos, mas não conseguiu acessar o cômodo devido à fumaça intensa e às chamas.
As equipes de emergência relataram dificuldades para entrar no sótão, já que a porta era muito resistente e precisou ser arrombada. Os alarmes de fumaça da residência haviam sido removidos meses antes, e as claraboias estavam vedadas, o que dificultou qualquer tentativa de fuga.
Apesar dos esforços, os bombeiros encontraram a criança sem vida cerca de 20 minutos após o início do incêndio. O laudo médico indicou que a causa da morte foi a inalação dos produtos da combustão.
Durante a perícia, foram encontrados oito vapes no quarto. O dispositivo que originou o incêndio estava próximo à cama, embora a investigação ainda não tenha identificado o modelo exato.
Uma adolescente de 14 anos chegou a ser detida para esclarecimentos, mas foi liberada posteriormente e não enfrentará acusações.
O caso reacendeu o alerta das autoridades britânicas sobre os riscos de deixar aparelhos eletrônicos carregando sem supervisão — especialmente dispositivos com baterias de íon-lítio.