Investigação:
As autoridades suecas informaram na quarta-feira (5) que ainda não identificaram o motivo por trás do ataque, mas que novas informações podem surgir nas próximas horas.

“É uma situação em mudança. As informações que demos anteriormente ainda são válidas, mas podem mudar mais tarde”, afirmou o chefe de polícia local, Roberto Eid Forest.

O primeiro-ministro Ulf Kristersson pediu uma investigação rigorosa sobre como o crime aconteceu. “Vimos hoje uma violência brutal e mortal contra pessoas completamente inocentes. Este é o pior massacre a tiros da história sueca”, declarou.

Kristersson lamentou o episódio e se solidarizou com os alunos e funcionários do centro educacional. “É um dia muito doloroso para toda a Suécia. Meus pensamentos também estão com todos aqueles cujo dia escolar normal foi substituído pelo terror. Ficar trancado em uma sala de aula temendo pela própria vida é um pesadelo que ninguém deveria ter que enfrentar”, concluiu.

O agressor, um homem de 35 anos, tirou a própria vida após o ataque. Ele não possuía antecedentes criminais e tinha licença para porte de armas, segundo a imprensa local. Os investigadores acreditam que ele agiu sozinho e sem motivação ideológica. Poucas horas após o ataque, policiais armados invadiram um apartamento registrado em seu nome em Örebro, mas sua identidade ainda não foi divulgada oficialmente.

Situação atual das vítimas:

As autoridades locais informaram que seis vítimas seguem hospitalizadas no Hospital Universitário de Örebro. Entre elas, três mulheres e dois homens passaram por cirurgia e estão em estado grave. Outra mulher sofreu ferimentos leves.

Até a manhã de quarta-feira, nem todas as vítimas fatais haviam sido identificadas. A polícia está utilizando digitais, registros dentários e amostras de DNA para confirmar suas identidades.

Tiroteios na Suécia:

Ataques a tiros em escolas são raros na Suécia, mas a violência armada tem aumentado nos últimos anos, impulsionada principalmente por conflitos entre gangues.

Em 2023, a Suécia registrou a maior taxa de homicídios por armas de fogo da União Europeia. No ano passado, pelo menos 40 pessoas foram assassinadas a tiros no país, que tem uma população de cerca de 10 milhões de habitantes. Apesar de uma leve redução em relação ao recorde de 63 mortes em 2022, o número ainda preocupa as autoridades suecas.

Embora a Suécia tenha uma taxa relativamente alta de posse de armas, o país impõe regras rígidas para a obtenção de licenças. Mesmo assim, a crescente violência relacionada a armas de fogo tem sido um grande desafio para o governo e as forças de segurança.