A Câmara dos Deputados aprovou a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5.000 por mês. O texto, que ainda será analisado pelo Senado, também cria alíquotas reduzidas para rendimentos de até R$ 7.350 mensais, beneficiando cerca de 16 milhões de brasileiros. A previsão é que a medida comece a valer em 2026.
Como funcionará a mudança
Isenção total: rendimentos de até R$ 5.000/mês não pagarão IR.
Alíquotas reduzidas: salários entre R$ 5.000 e R$ 7.350 terão cobrança proporcional, menor do que a atual.
Exemplo: quem ganha R$ 6.250/mês terá economia de aproximadamente R$ 1.800 por ano.
Acima de R$ 7.350/mês: a cobrança segue como na regra atual.
Compensação na arrecadação
Para equilibrar as contas, a proposta cria um imposto mínimo para os mais ricos:
Contribuintes com renda acima de R$ 600 mil/ano (R$ 50 mil/mês) terão tributação inicial de 2,5%, podendo chegar a 10% em rendimentos anuais acima de R$ 1,2 milhão.
Também haverá taxação sobre remessas de dividendos ao exterior, que hoje são isentas.
Segundo o Ministério da Fazenda, a nova cobrança afetará apenas 0,13% dos contribuintes, cerca de 140 mil pessoas — grupo que atualmente paga, em média, apenas 2,54% de IR.