Ontem quarta-feira (23), a Polícia Militar prendeu Alessandro Pereira de Oliveira, de 36 anos, que havia divulgado um vídeo com conteúdo racista nas redes sociais. Além do vídeo, Alessandro já possuía um mandado de prisão em aberto por crimes relacionados à violência doméstica e familiar contra mulher. O tenente-coronel Eduardo Lopes, comandante do 13º Batalhão, afirmou que o suspeito também responderá pelo crime de racismo.
O vídeo, divulgado na última sexta-feira (18), causou grande indignação ao criticar a abolição da escravidão e sugerir que pessoas negras “deveriam beber água do vaso”. A repercussão levou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) a solicitar uma investigação imediata.
Com base nas informações divulgadas, a Polícia Militar monitorou os passos de Alessandro, que trabalhava em um bar no bairro Universitário, em Belo Horizonte. O proprietário do estabelecimento, Alex Sandro de Oliveira, demitiu o funcionário ao tomar conhecimento do conteúdo do vídeo.
A operação que levou à prisão de Alessandro foi realizada no bairro Jaqueline. Após ser cercado pela polícia, ele percebeu que não teria como fugir e se entregou sem resistência.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Alessandro tem várias passagens pelo sistema prisional, e estava foragido desde março, quando não retornou de uma saída temporária concedida pela Justiça. Ele também acumula acusações graves, incluindo descumprimento de medidas protetivas da Lei Maria da Penha, stalking, violência psicológica e divulgação de cenas de abuso sexual.
Com essa prisão, ele responderá pelos novos crimes e cumprirá as penas pendentes.