Um caso envolvendo a morte e posterior mutilação de um cavalo em Bananal, no interior de São Paulo, ganhou grande repercussão nas redes sociais e segue sendo investigado pela Polícia Civil.
O jovem Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, admitiu em entrevista à Rede Vanguarda, afiliada da TV Globo, que cortou as patas do animal com um facão. Ele afirmou que estava embriagado e “transtornado” no momento do ato, mas garantiu que o cavalo já havia morrido.
“Não foi uma decisão planejada. Foi um momento de descontrole. Estava com álcool no corpo, mas a responsabilidade é minha. Reconheço os meus erros”, declarou. Andrey também afirmou estar arrependido e disse se sentir injustiçado por boatos de que teria praticado o ato enquanto o cavalo ainda estava vivo.
O caso aconteceu durante uma cavalgada de cerca de 14 km, no último sábado (16). Segundo relato de uma testemunha, o cavalo branco teria se cansado, deitado no chão e parado de respirar. A polícia, no entanto, apura a versão apresentada, já que há suspeitas de que a mutilação tenha ocorrido antes da morte do animal.
A legislação brasileira prevê punições para maus-tratos a animais, que incluem práticas como abandono, mutilação ou envenenamento. A pena varia de três meses a um ano de detenção.
Além de Andrey, um amigo dele, Dalton de Oliveira Rodrigues Vieira, de 28 anos, também foi ouvido pela Polícia Civil. Ele gravou imagens no momento em que tudo ocorreu e divulgou posteriormente um vídeo nas redes sociais, no qual afirma que não conseguiu reagir. “Eu fiquei sem reação na hora. Gravei o vídeo porque o cavalo estava caído, mas não sabia como agir quando meu amigo fez aquilo”, explicou.
O caso gerou forte repercussão e mobilizou artistas e influenciadores, como Ana Castela, Gustavo Tubarão e Paolla Oliveira, que pediram por justiça.
A mãe de Andrey também se manifestou em vídeo, dizendo que o filho tentou ajudar o animal, mas que, diante da morte do cavalo, teria perdido o controle. “Ele ficou transtornado e alcoolizado. Depois que o cavalo morreu, ele cortou a pata”, declarou.
A investigação continua, e até o momento ninguém foi preso.