A advogada investigada pela morte do companheiro, ocorrida na manhã desta segunda-feira (1º), na zona rural de Caldas, falou com exclusividade à TV Poços após prestar depoimento à Delegacia de Homicídios de Poços de Caldas. Ela afirma que vivia sob ameaças havia cerca de dois anos e meio e que temeu pela própria segurança no momento do ocorrido.
Segundo a suspeita, o relacionamento era marcado por conflitos e pressões de diferentes naturezas. “Eu já vinha sofrendo ameaças físicas, emocionais e patrimoniais. Hoje, infelizmente, eu senti que não tinha para onde correr. Era eu ou era ele”, disse ao deixar a delegacia. A advogada também informou que a arma utilizada foi entregue ao defensor logo pela manhã, antes de sua apresentação espontânea à Polícia Civil.
A delegada Juliane Emiko, responsável pelo caso, confirmou que a advogada compareceu voluntariamente levando a arma, os celulares e equipamentos com gravações da residência. De acordo com a delegada, o material entregue inclui mensagens que, segundo a versão da suspeita, teriam sido enviadas pelo companheiro com cobranças e ameaças.
Como não havia elementos legais que justificassem prisão em flagrante, a investigada foi liberada após prestar esclarecimentos. A vítima é um homem de 30 anos, cuja identidade não foi divulgada oficialmente.
A Polícia Civil seguirá analisando o conteúdo dos aparelhos, as imagens de segurança e os laudos periciais. Testemunhas também devem ser ouvidas nos próximos dias para ajudar a esclarecer as circunstâncias do caso. A partir das evidências reunidas, a delegada avaliará se será necessário solicitar medidas cautelares ou pedido de prisão preventiva.
O inquérito ainda está em fase inicial, e a polícia reforça que todas as versões apresentadas serão examinadas antes da conclusão.


