Após o anúncio da condenação do jogador de futebol Daniel Alves a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual contra uma mulher espanhola, em dezembro de 2022, a defesa do atleta afirmou que vai recorrer da decisão.
De acordo com a advogada do jogador, a defesa segue acreditando na inocência do acusado. “Vamos recorrer. Continuo acreditando na inocência do senhor Alves”, expressou Inés Guardiola.
Ex-atleta do Barcelona e do São Paulo, Alves tomou conhecimento da sentença pouco mais de duas semanas após o julgamento. A decisão é do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha e foi despachada pela juíza Isabel Delgado.
Segundo comunicado do tribunal, ficou provado que a vítima não consentiu com o ato e que existem elementos de prova, além do depoimento da denunciante, que comprovam a violação. “O arguido agarrou abruptamente a denunciante, atirou-a ao chão e, impedindo-a de se mexer, penetrou-a pela vagina, apesar de ela ter dito que não, ela queria ir embora.”
“Isto obedece ao tipo de ausência de consentimento, ao uso da violência e ao acesso carnal”, continua. Além dos 4 anos e meio de prisão, ele permanecerá 5 anos com liberdade vigiada e 9 de afastamento da vítima.
Daniel Alves acusado de agressão sexual
O brasileiro foi acusado de agressão sexual por ter supostamente violado uma jovem de 23 anos no banheiro da casa noturna Sutton, em Barcelona, na noite de 30 de dezembro de 2022.
A acusação do caso, capitaneada pela advogada Ester García, pede que o atleta seja sentenciado à pena máxima pelo crime de estupro na Espanha, que é de 12 anos. Já o Ministério Público permaneceu coerente ao seu primeiro pedido de 9 anos de prisão do jogador. Em ambos os casos, também era exigida uma indenização no valor de 150 mil euros.
A defesa do brasileiro pede a absolvição e, em caso de condenação, que sejam aplicados os atenuantes de abuso de bebidas alcóolicas, reparação de danos e violação do direito fundamental do acusado.