A Polícia Civil prendeu preventivamente na terça-feira (22), em São Bernardo do Campo (SP), Edson Aparecido Campolongo, de 68 anos, suspeito de participar de ao menos 18 ataques a ônibus na capital e região metropolitana de São Paulo. Ele é servidor público e atuava como motorista da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), dirigindo para o chefe de gabinete da companhia.
Segundo a investigação, Campolongo confessou envolvimento em 17 ataques ocorridos no último dia 17, em São Bernardo do Campo e Osasco, além de uma ação no dia 15 no bairro do Morumbi, na capital. Neste último caso, uma criança de 10 anos ficou ferida por estilhaços após uma bolinha de gude ser arremessada contra um ônibus. Durante buscas na casa e no local de trabalho do suspeito, a polícia encontrou estilingue e bolinhas metálicas.
As motivações exatas dos crimes ainda não estão totalmente esclarecidas. Em depoimento, Campolongo teria dito que os atos foram para “consertar o Brasil”. Nas redes sociais, ele fazia publicações frequentes contra o governo Lula e em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar disso, negou ter ligação com partidos ou sindicatos.
A Polícia Civil também investiga a participação de seu irmão, Sergio Campolongo, citado por Edson como cúmplice nas ações. A prisão preventiva dele foi solicitada, mas até o momento ele não foi localizado.
De acordo com a SPTrans, mais de 530 ataques contra ônibus foram registrados desde 12 de junho. A polícia trabalha com diferentes linhas de investigação, incluindo brigas sindicais, conflitos entre empresas de transporte e a hipótese de “efeito manada” – com ações sendo repetidas por oportunismo.
Edson e o irmão vão responder por dano qualificado e atentado à segurança de outro meio de transporte.
As informações são da CNN Brasil.