Um caso de maus-tratos contra animais gerou revolta em Belo Horizonte. A cachorrinha Zoe, da raça Spitz Alemão, morreu após sofrer agressões em um pet shop na região do Lourdes. A tutora, Flávia Conrradi, denunciou o tosador responsável e busca justiça.
O incidente ocorreu na última quinta-feira, quando Flávia levou Zoe e outra cadela para um banho na PetJet. Estranhando a demora, a tutora entrou em contato com o estabelecimento e foi chamada ao local, onde encontrou Zoe inconsciente, ensanguentada e em estado grave. Funcionários alegaram que a cachorrinha desmaiou e bateu a cabeça na tesoura, mas sem dar mais detalhes.
Desconfiada, Flávia levou Zoe para atendimento emergencial no Hospital Veterinário São Francisco de Assis, onde exames constataram politraumatismo craniano, fraturas no crânio e hemorragia interna. Apesar dos esforços médicos, a cadela faleceu no sábado. Uma necrópsia confirmou que Zoe sofreu agressões intensas, resultando em morte cerebral.
No mesmo dia, o dono do pet shop mostrou imagens de segurança que comprovaram as agressões. O vídeo revelou que o tosador deu tapas, insultos e aplicou duas tesouradas na cabeça da cadela, além de demorar para prestar socorro. As gravações foram entregues à Delegacia de Maus-Tratos, e a Polícia Civil busca localizar o suspeito.
A morte de Zoe causou enorme impacto na família, especialmente para uma menina de 11 anos, que tinha a cadela como apoio terapêutico. Flávia reforçou a necessidade de punições mais severas para crimes contra animais: “Tem que ser preso. Não é pagar cesta básica e sair. É uma vida”, desabafou.
A PetJet informou, em nota, que demitiu o funcionário por justa causa e o denunciou às autoridades. O caso segue em investigação pela Delegacia Especializada em Crimes Contra a Fauna (DEMA).