O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi orientado por sua defesa a não comparecer ao julgamento marcado para esta terça-feira (2/9). Advogados entendem que a presença poderia trazer mais riscos do que benefícios no contexto atual.
Apesar disso, pessoas próximas afirmam que Bolsonaro ainda não bateu o martelo e cogita estar presente. Para isso, no entanto, seria necessário um pedido formal ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que o ex-presidente cumpre prisão domiciliar por decisão do ministro Alexandre de Moraes desde o mês passado. Até a manhã desta segunda-feira (1º/9), não havia nenhuma solicitação registrada.
Bolsonaro e aliados serão julgados por suposta trama golpista contra o governo Lula (PT). A Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta ao menos seis crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, grave ameaça e violência contra o patrimônio da União.
Enquanto o julgamento se aproxima, aliados do ex-presidente intensificam convocações nas redes sociais para atos no 7 de setembro. A expectativa é reunir apoiadores em defesa do movimento “Anistia Já”.
No campo oposto, movimentos sociais e lideranças de esquerda também articulam mobilizações para a mesma data, com pautas como “Brasil soberano” e rejeição à anistia.