O Banco Central anunciou mudanças no Mecanismo Especial de Devolução (MED), que vão facilitar a recuperação de valores em casos de golpes, fraudes e transferências feitas sob coerção. As novas regras começam a valer a partir de 1º de outubro.
Com a atualização, as vítimas não precisarão mais entrar em contato com centrais de atendimento. Todo o processo será feito de forma 100% digital, diretamente no aplicativo do banco, dentro do próprio ambiente Pix.
Segundo o BC, essa agilidade aumenta a chance de o dinheiro ainda estar disponível nas contas usadas pelos criminosos, possibilitando a devolução.
Outra novidade é que a devolução não ficará restrita apenas à conta que recebeu inicialmente o valor fraudulento. A partir de 23 de novembro — de forma facultativa, e obrigatória a partir de fevereiro de 2026 — os bancos poderão rastrear e recuperar recursos transferidos para outras contas.
Hoje, os criminosos costumam esvaziar rapidamente a primeira conta que recebe o Pix, dificultando a recuperação. Com a mudança, o MED vai mapear o caminho do dinheiro desviado e compartilhar essas informações entre as instituições envolvidas, permitindo que a devolução ocorra em até 11 dias após a contestação.
Em nota, o BC afirmou que a medida deve aumentar a identificação de contas usadas em fraudes e impedir seu uso em novos crimes, além de reforçar a confiança dos usuários no sistema de pagamentos instantâneos.