Na manhã desta sexta-feira (7), um avião de pequeno porte caiu na Avenida Marquês de São Vicente, na zona oeste de São Paulo, deixando dois mortos e seis feridos. A aeronave, um Beechcraft King Air C90GTi, de matrícula PSFEM, decolou do Aeroporto Campo de Marte com destino a Porto Alegre (RS), mas caiu poucos minutos após a decolagem.
O acidente:
A queda ocorreu por volta das 7h20, na altura do condomínio Jardim das Perdizes, uma região movimentada da capital paulista. No impacto, o avião atingiu árvores, placas de trânsito e a traseira de um ônibus da linha 8500, que estava parado em um ponto para embarque e desembarque de passageiros.
Segundo testemunhas, o piloto parecia estar tentando realizar um pouso forçado na avenida. O personal trainer Adriano Molina, que passava pelo local no momento do acidente, relatou que a aeronave se arrastou pelo asfalto antes de colidir com o coletivo e explodir. Passageiros conseguiram sair rapidamente pela porta da frente do ônibus antes que o fogo se espalhasse.
Vítimas e feridos
Os dois ocupantes da aeronave morreram carbonizados no local. Os bombeiros encontraram os corpos nos destroços da aeronave. A identidade das vítimas ainda não foi divulgada.
No entorno, seis pessoas ficaram feridas, incluindo:
– Um motociclista que se assustou com o acidente e colidiu contra uma placa de trânsito;
– Uma idosa que bateu a cabeça dentro do ônibus e sofreu um corte;
– O motorista do coletivo, que se machucou com o impacto da batida;
– Outras três pessoas, que estavam no ponto de ônibus ou dentro do veículo no momento do choque.
Todas as vítimas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros e encaminhadas a hospitais da região.
Sobre a aeronave
O avião envolvido no acidente era um King Air C90GTi, com capacidade para até oito passageiros. Fabricado em 1981, o modelo havia sido transferido de propriedade em dezembro de 2024. O histórico de manutenção da aeronave ainda não foi divulgado.
Investigação e causas do acidente
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), já iniciou as investigações para apurar as causas da queda. Segundo a FAB, nesta fase inicial, os investigadores estão coletando dados, verificando danos e preservando evidências para análise técnica.
Ainda não há informações sobre problemas mecânicos ou falha humana, mas testemunhas indicam que o piloto tentou um pouso forçado, o que pode indicar pane na aeronave. Especialistas afirmam que uma possível falha no motor ou perda de sustentação pode ter levado à queda.
Impacto na região
O acidente causou bloqueios na Avenida Marquês de São Vicente e provocou congestionamentos no entorno. Equipes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) foram acionadas para orientar motoristas e minimizar os transtornos no trânsito.
A queda da aeronave em uma área urbana reacendeu debates sobre a segurança do Aeroporto Campo de Marte, que fica a cerca de 5 km do local do acidente. A proximidade do aeroporto com áreas densamente povoadas tem sido alvo de questionamentos há anos, especialmente após outros acidentes envolvendo aeronaves de pequeno porte na cidade.
A prefeitura e autoridades da aviação ainda não se pronunciaram sobre possíveis mudanças na operação do Campo de Marte, mas reforçaram que aguardam o resultado das investigações para avaliar novas medidas de segurança.
Repercussão
O acidente chocou moradores da região e reacendeu discussões sobre a segurança da aviação civil no Brasil. Vídeos do momento do impacto e do incêndio que se seguiu à queda circulam nas redes sociais, aumentando a comoção em torno do caso.
Familiares das vítimas aguardam a identificação oficial e mais detalhes sobre o que pode ter causado o acidente. A investigação segue em andamento, e novas informações devem ser divulgadas nos próximos dias.
ATUALIZAÇÃO
Na manhã desta sexta-feira (7), um avião de pequeno porte caiu na Avenida Marquês de São Vicente, na zona oeste de São Paulo, em uma área próxima da marginal Tietê, do Allianz Parque e dos centros de treinamento dos clubes São Paulo e Palmeiras. A queda resultou na morte de duas pessoas, o empresário gaúcho Márcio Louzada Carpena, dono da aeronave, e o piloto Gustavo Medeiros, além de deixar seis pessoas feridas no local.
A identidade do empresário foi confirmada pela OAB-RS (Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul), enquanto a do piloto foi corroborada por um amigo de Márcio. O empresário havia postado imagens da aeronave minutos antes de sua queda, e o acidente gerou grande comoção. A aeronave caiu por volta das 7h20, na altura do condomínio Jardim das Perdizes, depois de sair do Campo de Marte. Ela arrancou árvores, placas de trânsito e colidiu com a traseira de um ônibus, que estava parado para embarque e desembarque de passageiros. O ônibus da linha 8500 (Terminal Pirituba-Barra Funda) estava a apenas 5 km do aeroporto.
De acordo com testemunhas, o piloto teria tentado pousar o avião. O personal trainer Adriano Molina, que estava no local, relatou que o avião se arrastou pela avenida até colidir com o ônibus e explodir. Ele viu passageiros deixando o ônibus apressadamente. Yasmin Dias, uma das vítimas, contou que só percebeu a queda do avião após o impacto. Ela estava dentro do ônibus e, ao escutar o barulho da colisão, pensou que fosse um carro ou uma placa caindo. Foi só depois que viu o fogo da aeronave que ela e os outros passageiros começaram a perceber a gravidade da situação. Apesar do susto, os passageiros conseguiram sair do veículo sem maiores danos.
Seis pessoas ficaram feridas, mas felizmente, os ferimentos não foram graves. O motorista do ônibus passou mal e foi atendido devido ao choque emocional, enquanto um motociclista se feriu ao tentar desviar de uma placa de trânsito. Também houve feridos dentro do ônibus, incluindo uma idosa que sofreu um corte na cabeça. O médico dos bombeiros, Kléber Vitor Santos, afirmou que as vítimas no ônibus sofreram ferimentos leves, causados pelo impacto da colisão, e que suas vidas não corriam risco.
A aeronave envolvida no acidente era um King Air, com capacidade para até 8 passageiros, mas apenas duas pessoas estavam a bordo. Fabricada em 1981, a aeronave foi transferida para a empresa Máxima Inteligência Operações e Empreendimentos, de Porto Alegre, em dezembro de 2024. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave não tinha autorização para realizar táxi aéreo, embora estivesse em boas condições de segurança de voo.
Investigadores do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) foram chamados para investigar o acidente. A Força Aérea Brasileira (FAB) explicou que, nesse estágio, são aplicadas técnicas específicas por profissionais qualificados, que buscam coletar dados, preservar elementos da aeronave e realizar uma verificação inicial dos danos causados.
De acordo com o perito aeronáutico Daniel Kalazans, a causa mais provável para o acidente foi uma falha mecânica. Em entrevista ao UOL News, Kalazans explicou que o Campo de Marte é uma área difícil para um pouso de emergência devido à presença de postes e fios de alta tensão, o que teria dificultado as manobras do piloto. “O local de pouso é muito complicado e o piloto provavelmente tentou retornar para o Campo de Marte ou buscou uma opção de pouso forçado na avenida, o que raramente teria sucesso”, afirmou.
Esse é o oitavo acidente com aviões de pequeno porte registrado no Brasil nos últimos quatro meses. A lista inclui outros acidentes de grande repercussão, como a queda de um avião em Gramado, no dia 22 de dezembro, que resultou em 10 mortos e 17 feridos, e a queda de um helicóptero em Ubatuba, no litoral paulista, em 9 de janeiro, que deixou um morto e quatro feridos.
MATÉRIA EM ATUALIZAÇÃO – 13:44 – 07/02/2025
