A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) perdeu quatro patrocinadores nos últimos meses. GOL Linhas Aéreas, Mastercard, Pague Menos e TCL Semp encerraram suas parcerias com a entidade, reduzindo ainda mais a lista de apoiadores da Seleção Brasileira. Segundo o jornalista Marcel Rizzo, do Estadão, a única dessas marcas que ainda aparece no site da CBF é a TCL, que confirmou o fim do contrato no final de 2024.
Com isso, restam apenas cinco patrocinadores ativos: Nike, Guaraná Antártica, Cimed, Vivo e Itaú. Em comparação com o ciclo da Copa do Mundo de 2022, a entidade perdeu nove acordos comerciais, indicando uma queda significativa em sua capacidade de atrair e manter grandes marcas.
O momento delicado da CBF coincide com denúncias publicadas pela revista Piauí, que expuseram supostas irregularidades na gestão de Ednaldo Rodrigues. A reportagem cita o uso indevido de recursos da entidade para garantir sua reeleição, além de gastos milionários com artistas, parlamentares, advogados e até membros do Judiciário.
De acordo com a publicação, mais de R$ 24 milhões foram gastos em despesas jurídicas e acordos, enquanto o salário de presidentes das federações estaduais saltou de R$ 50 mil para R$ 215 mil mensais, com direito até a um 16º salário.
Em meio ao escândalo, o diretor de marketing da CBF, Lênin Franco, deixou o cargo recentemente. Apesar da coincidência, ainda não há confirmação de que a saída tenha ligação direta com as denúncias.
A debandada de patrocinadores e o desgaste na imagem pública da CBF levantam questionamentos sobre a transparência e a governança da maior entidade do futebol brasileiro — e podem afetar diretamente o financiamento e a estrutura da Seleção nas próximas competições.