A audiência de custódia de Douglas da Silva, realizada nesta quarta-feira (3), trouxe novos elementos ao caso que envolve o atropelamento de Tainara Souza Santos, em São Paulo. O motorista, preso temporariamente, afirmou ao juiz ter sido ferido durante a abordagem policial, e a defesa relatou dificuldades para localizar o acusado nas horas seguintes à prisão.
Segundo Douglas, os ferimentos já constavam no auto de prisão. O juiz observou que havia marcas no corpo do investigado e determinou exame no Instituto Médico Legal, além de atendimento médico imediato pela Secretaria da Administração Penitenciária. A defesa também pediu a verificação de câmeras corporais, registros de GPS das viaturas e investigação da Corregedoria sobre a atuação dos agentes envolvidos. A solicitação foi registrada e será analisada pelo juízo responsável pelo inquérito.
O advogado afirmou que o cliente estava desorientado, sem cuidados médicos e com uma lesão aberta, reforçando preocupação com sua integridade física no presídio. O juiz destacou que, por se tratar de prisão temporária, não caberia à audiência revisar o mérito da detenção.
Enquanto o processo avança, a família de Tainara segue acompanhando o tratamento dela no Hospital Municipal Vereador José Storopolli. A jovem, mãe de duas crianças, permanece em coma induzido e deve passar por uma nova cirurgia nos próximos dias, voltada para enxerto e reconstrução das áreas afetadas. A última intervenção durou quase sete horas, segundo familiares.
O irmão de Tainara relatou que a recuperação tem sido delicada e que a família evita expor os filhos da vítima à situação. Ele também alertou sobre uma arrecadação financeira falsa criada em nome dela, reforçando que a família não autorizou campanhas e apenas pede apoio e orações.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil, que também deverá analisar as denúncias apresentadas durante a audiência.


