A morte do pequeno Henry Gabriel, de apenas dois anos, mobilizou moradores de Queimados, na Baixada Fluminense, e resultou na prisão do padrasto da criança, Paulo César da Silva Santos, na noite desta segunda-feira (1º). Ele levou o menino até a UPA do município, mas a equipe médica percebeu sinais de agressões e acionou a polícia. Henry não resistiu ao chegar na unidade.
De acordo com as primeiras informações, a criança apresentava marcas que levantaram suspeita de maus-tratos. Policiais foram até a residência da família, ouviram vizinhos e localizaram Paulo César, que, segundo os investigadores, admitiu ter agido de forma agressiva com o enteado. Ele foi preso em flagrante e deve responder por homicídio qualificado no contexto de violência doméstica. O laudo oficial que apontará a causa da morte ainda será concluído.
A mãe de Henry, Yasmin Martins, contou que trabalhava durante o dia e que costumava deixar o filho na casa da avó. Na segunda-feira, ela pediu que o padrasto levasse a criança até lá, mas, segundo Yasmin, isso não chegou a acontecer. Ela afirmou ainda que já havia passado por situações de agressão no relacionamento.
Testemunhas relataram à polícia que a criança demonstrava medo do padrasto e que vizinhos ouviam choros frequentes. O delegado responsável, Julio da Silva Filho, afirmou que essas informações serão incluídas na investigação para entender o histórico da família.
A situação gerou comoção e revolta entre moradores, que acompanharam a movimentação policial e expressaram tristeza pelo desfecho do caso. O pai biológico da criança, David dos Santos Barreto, esteve no IML de Nova Iguaçu para liberar o corpo do filho e disse estar desolado com a perda.
A Polícia Civil segue analisando depoimentos e documentos para esclarecer completamente as circunstâncias da morte de Henry. Paulo César permanecerá detido até a audiência de custódia.


