Durante a estreia de seu novo programa no canal GNT, “Angélica Ao Vivo”, exibido na noite de quinta-feira (16), a apresentadora Angélica usou o espaço para defender a nomeação de uma mulher negra à vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado se aposenta nesta sexta-feira (17), abrindo caminho para mais uma indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em um momento de fala direta e emocionada, Angélica destacou a baixa representatividade feminina e racial na mais alta Corte do país.
“Nós queremos mais uma mulher no STF. Hoje, só temos a ministra Cármen Lúcia. Em 134 anos de história, foram 172 ministros e apenas três mulheres. Isso precisa mudar. Um tribunal que decide os rumos do Brasil precisa ter a cara do Brasil”, disse.
A apresentadora foi além e fez um apelo público ao presidente:
“Presidente Lula, escolha uma mulher. Uma mulher experiente, séria, à altura do cargo. E para dar um passo ainda maior, que seja uma mulher negra. Não é gentileza. É justiça.”
O pedido de Angélica ecoa outras manifestações recentes. No início da semana, a cantora Anitta também usou as redes sociais para defender que o próximo nome indicado por Lula seja uma mulher. O movimento Mulheres Negras Decidem reforçou a mobilização com uma nota publicada nas redes sociais, afirmando que esta é a “terceira chance de o presidente corrigir uma injustiça histórica”.
Com a aposentadoria de Barroso, Lula fará sua terceira indicação ao Supremo em seu atual mandato. Desde que assumiu novamente a Presidência, o petista nomeou Cristiano Zanin e Flávio Dino para o STF. Em seus mandatos anteriores, indicou nomes como Joaquim Barbosa, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
A nova escolha reacende o debate sobre diversidade de gênero e raça no Judiciário brasileiro — uma pauta que ganha força em pleno Outubro Rosa, mês dedicado à valorização das mulheres e à conscientização sobre igualdade e saúde.
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