A jovem Sther Barroso dos Santos morreu na madrugada de domingo (17), após ser espancada em Senador Camará, na zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo relatos de testemunhas, ela teria se recusado a deixar um baile funk na comunidade da Coreia acompanhada de um traficante.
De acordo com familiares, Sther foi deixada em frente à própria casa já bastante ferida. A família tentou socorrê-la e a levou ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, mas a jovem chegou à unidade sem vida.
O principal suspeito do crime é Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel, apontado como chefe do tráfico no Muquiço, em Guadalupe, área sob domínio da facção Terceiro Comando Puro (TCP). Antes de morar na Vila Aliança, Sther e sua família viviam justamente no Muquiço. A Polícia Civil investiga o caso.
Além da brutalidade do crime, a morte da jovem gerou forte comoção nas redes sociais. Um caderno encontrado pela família trazia anotações em que Sther expressava esperança para o futuro. Ela escreveu que 2025 seria o melhor ano de sua vida, listando planos como terminar a escola, fazer cursos, adotar um cachorro, se dedicar à academia e agradecer a Deus diariamente.
Amigos e parentes compartilharam mensagens de luto e lembraram os sonhos interrompidos de Sther.
Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam que 49 mulheres foram vítimas de feminicídio no Rio de Janeiro apenas no primeiro semestre de 2024. A morte de Sther se soma a outras ocorridas em julho e agosto, ampliando uma estatística que reflete a vulnerabilidade de mulheres diante da violência de gênero no estado.