Na segunda-feira (9), um caso que revela o sofrimento silencioso de muitas mulheres chegou às delegacias do Rio. Erick Monteiro de Moraes foi preso após um episódio que deixou marcas profundas em sua ex-companheira, no Recreio dos Bandeirantes.
As imagens das câmeras de segurança do prédio onde ela mora contam uma história que, infelizmente, se repete: o medo, a insegurança e a sensação de não ter para onde fugir. Na última sexta-feira (6), ele a esperou nas escadas do edifício, e o que deveria ser um simples retorno para casa se transformou em um momento de dor.
A vítima já havia procurado a Justiça antes, conseguido uma medida protetiva e feito denúncias. Mas, como em tantos outros casos, isso não foi suficiente para impedir que o sofrimento continuasse. Dias antes da agressão, ele a procurou no trabalho, desrespeitando a ordem judicial.
Agora, Erick responde por seus atos, mas a pergunta que fica é: quantas vezes uma mulher precisa pedir ajuda até ser ouvida de verdade? O caso, infelizmente, não é isolado. Ele tem um histórico de ameaças e perturbação contra outras ex-companheiras, mostrando um ciclo que parece não ter fim.
Enquanto isso, ela tenta reconstruir a vida, carregando não só as marcas físicas, mas aquele peso que tantas conhecem – o de saber que, para algumas, a própria casa já não é mais um lugar seguro.
A prisão dele é um alívio, mas também um lembrete de que ainda há muito a ser feito para proteger quem vive sob o medo. Que histórias como essa possam, um dia, ser apenas lembranças de um passado que não se repete.