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    Presidente do INSS é afastado após PF descobrir desvio de R$ 6,3 bilhões desde 2019.

    Presidente do INSS é afastado após PF descobrir desvio de R$ 6,3 bilhões desde 2019.

    O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi afastado nesta quarta-feira (23) após uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) que investiga fraudes em benefícios concedidos a aposentados e pensionistas. Stefanutto é alvo de buscas e é servidor de carreira do INSS desde 2000, filiado ao PSB e indicado ao cargo pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi.

    Outros cinco servidores também foram afastados: o procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho; Giovani Batista Fassarella Spiecker, coordenador-geral de Suporte ao Atendimento; Vanderlei Barbosa dos Santos, diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão; Jacimar Fonseca da Silva, coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios; além de um agente da PF lotado no aeroporto de Congonhas, que teria dado apoio ao esquema.

    As investigações apontam que a fraude teve origem em entidades que supostamente representavam aposentados e pensionistas, aplicando descontos irregulares sobre os benefícios previdenciários com a justificativa de mensalidades associativas. A PF ainda não detalhou o funcionamento completo do esquema.

    A operação é tratada como uma das mais delicadas e impactantes já conduzidas pela PF. O diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, e o ministro da CGU, Vinícius Carvalho, informaram pessoalmente o presidente Lula sobre a operação em reunião no Palácio da Alvorada. Uma nova reunião com autoridades está em andamento no Ministério da Justiça para avaliar os próximos passos.

    Stefanutto havia assumido o cargo após a saída de Glauco Wamburg, também indicado por Lupi, exonerado em 2023 por suposto uso irregular de passagens e diárias. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que o partido não foi consultado sobre a indicação de Stefanutto.

    A crise expõe a fragilidade no controle sobre os benefícios e aumenta a pressão sobre o governo federal para proteger os aposentados e garantir maior transparência e segurança na gestão da Previdência.

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