Na manhã de ontem quarta-feira (10), o Ministério Público iniciou uma ação conjunta com as polícias civil, militar, penal e rodoviária federal para combater facções criminosas, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crimes relacionados em todo o país, incluindo o Sul de Minas.
O Ministério Público de Varginha (MG) iniciou a investigação em Campo Belo, mas os investigados são de outras cidades e até mesmo de outros estados. A operação “Escritório do Crime” visa desmantelar organizações criminosas que atuam em Campo Belo e em outras cidades de Minas Gerais.
Essas facções estão envolvidas no tráfico de drogas, tortura, tráfico de armas e receptação qualificada. Até o momento, duas denúncias foram apresentadas contra dez pessoas, acusadas de 17 crimes.
A operação está cumprindo 34 mandados em diversas cidades de Minas Gerais, como Campo Belo, Santana do Jacaré, Santo Antônio do Amparo, Uberlândia e Divinópolis, além de Natal, no Rio Grande do Norte.
Ao todo são 16 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e 8 mandados de prisão temporária, sendo:
20 em Campo Belo, sendo sete de busca e 13 de prisão
4 em Uberlândia, sendo três de busca e um de prisão
4 em Divinópolis, sendo três de busca e um de prisão
2 em Santana do Jacaré, sendo um de busca e um de prisão
2 em Santo Antônio do Amparo, sendo um de busca e um de prisão
2 em Natal (RN), sendo um de busca e um prisão
O objetivo da ação integrada é desarticular organizações criminosas violentas que atuam nas ruas e nos sistemas prisionais, efetivar as prisões de seus integrantes e coletar provas das práticas delituosas detectadas em investigações realizadas no âmbito do Ministério Público.
Participam da operação 108 policiais (75 militares, 21 civis e 12 penais), dois Promotores de Justiça e uma estagiária do Ministério Público. Estão sendo empenhadas 32 viaturas, uma equipe ROCCA (cães farejadores) e uma aeronave da Polícia Militar
As investigações
As investigações duraram aproximadamente 8 meses e tiveram início após uma série de homicídios ocorridos na cidade de Campo Belo e região, por causa de disputas entre traficantes pela hegemonia criminosa local.
No decorrer dos trabalhos, foi apurada a acentuada atuação do líder de uma facção criminosa na cidade, responsável pela organização de planos de vingança e pela articulação de uma série de ações criminosas, dentre elas tráfico de drogas e seu financiamento, sequestro, receptação de carros clonados e tráfico de armas.
Durante as investigações, foram colhidos também elementos que apontam que o tráfico ocorria entre estados da Federação e com ameaças e uso de armas de fogo.
As investigações continuam.