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    De agressões a ameaças com machadinha: o relato chocante do técnico de enfermagem agredido em serviço.

    De agressões a ameaças com machadinha: o relato chocante do técnico de enfermagem agredido em serviço.

    No último domingo, durante um evento de Santo Reis no Parque de Exposições de Itaú de Minas, um técnico de enfermagem foi vítima de agressões físicas e verbais por parte de um casal. Eduardo Felipe do Nascimento, que prestava serviços para a Prefeitura Municipal, foi agredido por Gleimar Calixto e Edna Lelis Moreira Castro após uma discussão envolvendo o uso de uma ambulância. O caso, registrado em boletim de ocorrência, ganhou repercussão após a divulgação de vídeos que mostram parte das agressões.

    Gleimar Calixto segurando um machadinho no momento em que ameaçou o técnico de enfermagem
    Imagem:EXCLUSIVA TVN REDE BRASIL

    O incidente

    O evento, que começou por volta das 8 horas, contava com a presença de feirantes e atraía um grande número de pessoas. Eduardo, responsável pelo atendimento de emergência no local, já havia realizado cerca de quatro atendimentos devido ao calor intenso. A ambulância, que estava estacionada sob o sol, precisava manter o ar condicionado ligado para preservar medicamentos e insumos médicos, além de garantir um ambiente adequado para possíveis pacientes.

    Segundo o relato de Eduardo, Gleimar Calixto se aproximou da ambulância, abriu a porta e desligou o veículo. O técnico de enfermagem, que não viu quem havia desligado a ambulância na primeira vez, voltou a ligá-la. No entanto, ao perceber que o mesmo homem desligou o veículo novamente, Eduardo decidiu abordá-lo. Foi então que a situação escalou para uma agressão física.

    As agressões

    De acordo com o boletim de ocorrência e o relato de Eduardo, Gleimar e Edna partiram para cima do técnico de enfermagem. Edna chutou a região genital de Eduardo, fazendo com que ele deixasse cair o celular, momento em que a filmagem fica com a tela preta. Gleimar desferiu um soco na cabeça de Eduardo, enquanto Edna deu dois chutes em suas partes íntimas. A confusão foi contida por seguranças do local, que utilizaram spray de pimenta para dispersar os envolvidos.

    Mesmo afetado pelo spray, Eduardo continuou prestando atendimento a outras vítimas que passaram mal devido ao produto químico antes de se dirigir ao pronto-socorro para receber atendimento médico. Ele sofreu escoriações na cabeça, braço esquerdo e perna direita.

    Ameaças e danos materiais

    Prontuário médico da vítima
    Imagem:EXCLUSIVA TVN REDE BRASIL

    No pronto-socorro, o casal voltou a agredir verbalmente Eduardo, além de ameaçá-lo de morte. Gleimar chegou a pegar uma machadinha de seu veículo e ameaçou o técnico de enfermagem, dizendo que iria “dar um tiro na cara” e que Eduardo “não sabia com quem estava mexendo”. A polícia foi acionada e, ao chegar ao local, apreendeu a machadinha, que estava escondida sob o banco da caminhonete do casal.

    Além das agressões físicas e verbais, o casal também causou danos materiais à ambulância. Edna arremessou um copo Stanley com cerveja no painel do veículo, danificando o visor. A perícia técnica foi acionada para avaliar os estragos, e fotos dos danos foram anexadas ao registro do ocorrido.

    Relatos conflitantes e conclusão da polícia

    Boletim de Ocorrência
    Imagem:EXCLUSIVA TVN REDE BRASIL

    No boletim de ocorrência, Gleimar e Edna alegaram que Eduardo os agrediu primeiro, mas as imagens gravadas pelo técnico de enfermagem contradizem essa versão. A polícia analisou as filmagens e identificou Eduardo como a vítima, enquanto o casal foi apontado como autor das agressões. O caso foi enquadrado como crime de menor potencial ofensivo, e os envolvidos foram orientados a comparecer ao Juizado Especial Criminal para uma audiência futura.

    O pedido de Eduardo

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    Eduardo Nascimento – Técnico de Enfermagemo
    Imagem:EXCLUSIVA TVN REDE BRASIL

    Eduardo, que já iniciou processos por danos materiais, agressão e assédio moral, pede que a população se conscientize sobre o uso do patrimônio público. “O patrimônio público não é exclusivamente de ninguém, é um bem coletivo. As pessoas não têm o direito de invadir, acusar ou agredir. Elas podem fiscalizar e denunciar negligências, mas não tomar atitudes por conta própria”, afirmou.

    O técnico de enfermagem também destacou a importância de valorizar a categoria. “Somos nós, profissionais da enfermagem, que estamos presentes do nascer ao morrer. Precisamos de respeito e reconhecimento”, concluiu.

    Próximos passos

    O caso segue em investigação, e o casal deverá responder judicialmente pelas agressões e danos causados. Enquanto isso, Eduardo aguarda justiça e espera que o incidente sirva de alerta para que situações semelhantes não se repitam.

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